Espasmo hemifacial (tremores nas pálpebras e na face) têm tratamento?
No espasmo hemifacial, o paciente sente os músculos de metade da face “repuxando” (espasmos). Isso muitas vezes ocorre em decorrência de acometimento do nervo facial (compressão do nervo por um vaso sanguineo), responsável pela inervação dos músculos da expressão facial.
Os espasmos no rosto também podem ser causados por alterações cerebrais e, em alguns casos, podem ser necessários exames complementares para descartar outras doenças.
No espasmo hemifacial, as contrações musculares involuntárias geralmente se iniciam com um tremor nas pálpebras, seguido de movimento similar a um piscar unilateral involuntário após alguns meses. Após meses ou anos, o paciente passa a apresentar contrações também no mesmo lado da face. Os espasmos não ocorrem 100% do tempo, mas podem piorar em situações de estresse, cansaço, ansiedade e persistem mesmo durante o sono. Alguns pacientes relatam também zumbido no ouvido do mesmo lado.
Estudos realizados pela nossa equipe mostraram que os espasmos palpebrais alteram o exame ocular e afetam exames necessários para avaliar cirurgia de catarata, por exemplo. Assim, pacientes portadores desta condição precisam ser tratados antes de renovar a receita dos óculos ou programar cirurgia de catarata.
Além de alterar o exame ocular, o espasmo hemifacial causa piora da qualidade de vida dos pacientes, devido ao constrangimento social constante e à assimetria facial causada pelos espasmos.
O tratamento de primeira escolha para o espasmo hemifacial é a aplicação de neuromoduladores nos músculos acometidos. A taxa de resposta é alta e permite que o paciente retome suas atividades e convívio social durante o período de ação do medicamento.
O espasmo hemifacial é um assunto que faz parte da linha de pesquisa das Dras Osaki. Esta doença foi tema da tese de doutorado da Dra. Midori e atualmente é tema da tese de pós-doutorado da Dra Tammy.
Dras Midori e Tammy têm muitos anos de experiência com aplicação de neuromoduladores para o tratamento de espasmo hemifacial e publicaram diversos estudos científicos internacionais sobre o assunto.