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A anatomia da pálpebra de indivíduos de etnia asiática difere da de indivíduos não-asiáticos. Uma das principais diferenças é a prega palpebral, também conhecida como “dobrinha”, que pode estar presente ou ausente em orientais. Quando presente, apresenta-se em altura mais baixa em relação a indivíduos não orientais, e pode ter formatos variados. Assimetrias de prega palpebral são comumente observadas em indivíduos orientais.

Uma outra diferença é a presença de epicanto, que consiste numa prega no canto interno dos olhos. Esta característica anatômica é muito comum em orientais, podendo ser de vários tipos. Alguns pacientes se incomodam quando o epicanto é muito acentuado.

A cirurgia de blefaroplastia visa melhorar o aspecto das pálpebras. No caso da blefaroplastia superior, costuma-se remover o excesso de pele da pálpebra superior. Na blefaroplastia em asiáticos, costuma-se associar a confecção da prega palpebral naqueles indivíduos que não a apresentam, ou alterar a prega naqueles que desejam mudar suas características (correção de uma assimetria de prega, por exemplo). Pode-se ainda associar a epicantoplastia naqueles pacientes que desejam atenuar a prega do canto interno do olho (epicanto).

É importante ressaltar que o processo de cicatrização e a recuperação do edema (inchaço) após a cirurgia são mais demorados em orientais. Além disso, é muito importante que o cirurgião tenha experiência e esteja acostumado a lidar com pálpebras orientais para que o resultado seja o mais natural possível.

As Dras Midori Osaki e Tammy Osaki têm vasta experiência com blefaroplastias e são referências em blefaroplastias em indivíduos de ascendência asiática. São autoras do livro Rejuvenescimento Palpebral e Periorbital da Editora Elsevier, que contém diversos capítulos abordando as diferenças entre pálpebras asiáticas e não asiáticas, além de terem ministrado diversas aulas em congressos nacionais e internacionais sobre o tema.